sexta-feira, 25 de setembro de 2009

“Newsweek”: Lula, “O político mais popular do mundo”

A revista norte-americana “Newsweek” publicou em seu site na internet reportagem e entrevista com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Intitulada de “O político mais popular do mundo”, a reportagem fala da trajetória de Lula desde a infância pobre no Nordeste do Brasil até a presidência e destacou como o Brasil passou quase imune à crise financeira internacional – “nenhum banco faliu, a inflação está baixa, e a economia voltou a crescer”, diz a revista.

Na entrevista, disponibilizada nesta quinta-feira (24) pela assessoria de imprensa da Presidência da República, Lula afirmou que o país “passou a se valorizar” depois de ter mantido um comportamento de “país de segunda categoria” e citou o desempenho do Estado brasileiro como “lição” para outros países.

“O Estado tem um papel importante, de que o Estado pode ser o grande regulador, o Estado pode ser o grande indutor, e trabalhar em uma harmonia entre iniciativa privada, Estado e sociedade. No Brasil, graças a Deus, nós tínhamos um sistema financeiro mais sólido, no Brasil nós tínhamos bancos públicos que têm um papel importante no crédito brasileiro, e foram esses bancos que ajudaram que a crise aqui não fosse tão grave quanto foi nos países mais ricos”, disse.

“No mundo globalizado, você não pode ficar parado esperando que as pessoas venham aqui para o Brasil valorizar o Brasil. Você é que tem que viajar e valorizar o teu país”, afirmou o presidente, que destacou o fortalecimento do Mercosul e das relações com a América Latina.
De acordo com Lula, a diversificação da balança comercial brasileira ajudou com que o país sofresse menos com a crise que outros países. “Nós hoje temos uma balança comercial muito diversificada, não apenas em produtos, mas também em países, e isso nos deu uma garantia, inclusive na crise, de sofrer menos do que aqueles países que tinham todas as suas exportações voltadas para um único bloco ou para um único país.”
Questioando se a diversidade das exportações era mérito do governo ou do setor privado, Lula respondeu que não “aceita” a idéia que o setor privado é responsável “quando as coisas vão bem” e que o governo é responsável “quando as coisas vão mal”. “Ninguém neste país vende mais os produtos brasileiros do que eu (...) É assim que a gente constrói uma grande nação”, disse.

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