segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Poemas para Lenir.

Seu nome é Lenir,


De repente tudo cessou.

Nem o silêncio contempla minhas miragens.

Entre o primeiro e o segundo trovão cada

intervalo

é o intervalo que o afasta do infinito.

Mas quando tudo cessa? Em vão pronuncio seu nome.

Alguma flor?

Algum jardim que se delineie na primeira vesperal da rosa?

Não.

Definitivamente a rosa se esquiva no primado de todos os perfumes.

E nenhum intervalo vem para compor mínima

sonata de primavera. Porque afinal a soma de todos os intervalos

em pouco ou nada roça o infinito.

Em bom tom pronuncio seu nome – Lenir.

Um verbo que procura seu infinitivo?

A cura de todas as curas? Lenitivos! Porque minha amada se foi?

Haverá transitoriedade perante o amor mil vezes proclamado?

No entanto de novo pronuncio – Lenir.

Uma síntese? Precária demais para se ocultar na outra face do tempo?

Se posso proclamá-la,

Se posso recitá-la,

Por que então partis te?

Nenhum vazio vem para contemplar-me a face.

No entanto franqueio meu coração

Para toda sua substancialidade.

e o verso do seu anverso.

A na antevéspera do outono

conjugo todos os tempos do teu nome. Assim

como se conjuga a vesperal do anti-tempo.

28/10/2011

seu eternamente, Fred

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Lenir é o teu nome. Até logo, querida.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

A Lenir agora é luz que ilumina a nossa paz

A Lenir agora é luz que ilumina a nossa paz. No dia 24 de outubro de 2011 ela fez sua viagem (tenho certeza que não será a última) para uma das moradas do Grande Espírito. Para mim ela continua sendo minha amada eterna; para todos seus conhecidos, ela continua sendo a grande guerreira, que lutou até o fim desta etapa o bom combate. Fiquemos com sua luz, sua paz e com sua coragem.


De seu eterno amado - Fred -
seus filhos Fabricio e Diego,
suas noras Iza e Zana,
seus netos Caio, Catarina, Henrique e Sophia


 

Palavras do meu irmão Paulo para Lenir:
"Lenir sempre foi uma guerreira incansável, admirável. A sua força e energia vital são de uma dimensão incrível. É desta força presente dela que você Fred, os filhos, netos e nós também, amigos e parentes, necessitamos beber para superar este momento difícil.
Agora, liberta, Lenir esta trilhando o seu caminho de Luz. E esta sensação de sua liberdade é o que guardaremos como sentimento mais fundo da sua existência marcante e lutadora. De sua perspicácia, inteligência e beleza.(...)" Paulo, Marcya, Carlos e Yalis.  -
Recebemos muitas outras mensagens de força, na forma de abraços e palavras. Não conseguíriamos aqui reproduzí-las todas. Assim adotamos o telegrama do Paulo como representativo destas mensagens.

A todos que estiveram conosco neste momento, nossa profunda gratidão. Lenir teve a felicidade de receber os abraços de todos seus familiares e amigos.
Mas a Lenir (em luz) e eu fazemos um agradecimento particular a todos os meus alunos e professores colegas, da EE Emílio de Vasconcelos Costas, que vieram trazer-nos conforto.  

Que a luz da  Lenir possa iluminar o caminho de cada um de nós.

Do seu eternamente, Fred. 

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Frase atribuida ao Dalai Lama

Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito.  
Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Um quarto da população brasileira mal sabe ler e escrever. Porque prevalece uma visão neoliberal para a educação?

por Lucas Conejero



Segundo dados da última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – 2009) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cerca de 14 milhões de brasileiros são analfabetos e 29,5 milhões são analfabetos funcionais, todos trabalhadores humildes, do campo e da cidade. Ou seja, aproximadamente um quarto da população mal sabe ler e escrever. 
Elaborado em 1997 pela Comissão Organizadora do II Congresso Nacional de Educação e aprovado em plenária final, o primeiro Plano Nacional de Educação – Proposta da Sociedade Brasileira definiu metas, diretrizes, prioridades e estratégias de curto, médio e longo prazo. No auge da implantação do neoliberalismo no Brasil, a intenção era resistir, indicar um caminho viável, universalizar o direito à educação e fazer valer o artigo 6º da Constituição de 1988. 
Para isso, a comissão indicou a necessidade de investimentos sem precedentes na educação e a conta fechou em 10% do PIB. À época, o Congresso aprovou 7%, percentual vetado pelo governo FHC. O veto seguiu intacto durante o governo Lula e atualmente cerca de 5% do PIB financiam a educação pública nacional.

“Não podemos aceitar o argumento de que não há recursos. O pagamento da dívida pública, as isenções fiscais para o setor empresarial, o recurso público usado para a copa e as olimpíadas, o dinheiro público que se perde na corrupção. Há verba, é preciso rever as prioridades e garantir o investimento na implementação dos direitos sociais universais”, argumenta o manifesto da ANEL, entidade controlada por estudantes independentes e partidos de esquerda.

Na última semana, o deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), relator do PNE 2011-2020, afirmou que vai apresentar seu parecer em 15 dias e disse defender investimentos entre 7% e 10 % no texto. Direito constitucional e pilar fundamental de qualquer sociedade democrática, a educação representa a única saída para um futuro com progresso e justiça social.

Portanto, o momento é de comprometimento e participação da sociedade civil e da grande imprensa nas mobilizações, mas aqui no Brasil, infelizmente, isso é tão utópico quanto a democratização do ensino de primeiro grau e o fim da corrupção. Seja como for, os movimentos sociais brasileiros seguem escrevendo páginas de resistência na história do país e tenho certeza, vêem com bons olhos o retorno da UNE às trincheiras.

Lucas Conejero

Formado em jornalismo, Lucas Conejero foi diretor do Diretório Acadêmico de Comunicação e Artes e do DCE-Mackenzie. Atuou no departamento de comunicação de instituições do terceiro setor, é editor em um site do Portal Terra e colaborador do site de CartaCapital.