sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

'Isto É' mistura alhos com bugalhos para tentar atingir a campanha de Dilma", diz Pimentel

Abaixo a nota de Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte:


Na semana em que dois dos assuntos mais importantes da política nacional são a derrocada do esquema de corrupção do governador do Distrito Federal e a cassação do prefeito de São Paulo, ambos do Democratas, principal aliado do PSDB, maior adversário do PT na próxima eleição, a revista 'Isto É' resolveu embaralhar tudo, ressuscitar o chamado mensalão de 2005 e, para tentar empatar o jogo, me citar como um dos envolvidos no recebimento de verbas irregulares. Como se diz no jargão jornalístico, trata-se de uma barriga da 'IstoÉ'. A intenção óbvia é causar danos à imagem de um dos coordenadores da campanha da ministra Dilma Rousseff à Presidência. Mas não vai colar.
Para que sua história pareça verossímil, a revista mistura alhos com bugalhos e faz ilações sem qualquer apoio na realidade. Aproveita-se do fato de a prefeitura de Belo Horizonte, então sob minha gestão, ter contratado a Câmara de Dirigentes Lojistas para um projeto de instalação de câmeras de seguranças nas ruas do Centro da cidade.
Para incluir o meu nome em sua reportagem, a 'IstoÉ' lançou mão de uma coincidência: o diretor financeiro da CDL à época do convênio para a instalação de câmeras mais tarde foi identificado como doleiro supostamente envolvido com o chamado mensalão.
O convênio entre a prefeitura de Belo Horizonte e a CDL nunca foi alvo de ação da justiça. O projeto está em vigor até hoje, sem contestações, agora sob a responsabilidade da Polícia Militar de Minas Gerais. Como prefeito, nunca fui inquirido, indiciado ou denunciado por este convênio de jurisdição municipal.
E que fique bem claro: nunca fui, também, inquirido, arrolado, indiciado, denunciado e sequer ouvido por qualquer ligação, ainda que indireta, com o chamado mensalão. Jamais fui convocado pela justiça para depor ou mesmo prestar esclarecimentos sobre qualquer destes assuntos. Jamais fui chamado para falar a uma CPI ou outro tipo de comissão. Não há e nunca houve nada, rigorosamente nada, que me ligue, direta ou indiretamente, ao chamado mensalão ou a qualquer outro tipo de irregularidade

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