Em assembleia da categoria, realizada na noite de segunda-feira (8), os professores da Rede Municipal de ensino decidiram encerrar a greve, iniciada em 8 de junho. “Finalmente, o prefeito nos apresentou uma proposta que contempla nossas principais reivindicações e que nos permite retornar às aulas com a consciência do dever cumprido. A negociação somente foi possível após intensa mobilização da categoria e abertura de diálogo com vários atores sociais: comunidade escolar, Câmara de Vereadores, Conselho Consultivo, que, juntamente com a direção do sindicato, não mediu esforços para colaborar”, declara Feliciana Saldanha, Coordenadora Geral da Subsede do Sind-UTE de Ipatinga.
Dentre as principais reivindicações dos professores, estavam: o cumprimento da Lei do Piso Salarial, garantia da extensão da jornada, manutenção do regime geral de previdência. Segundo o Sind-UTE, direitos que estavam ameaçados pela Administração Municipal.
“Conseguimos assegurar pontos importantes de nossa pauta. Por isso avaliamos que é uma vitória da categoria, que se mobilizou, ocupou as ruas, denunciando para a sociedade os problemas que a educação vem enfrentando, como o descumprimento de acordos por parte da Administração Municipal. Fundamental também foi o apoio recebido de toda a comunidade, sobremaneira dos pais e mães, que compartilharam conosco a preocupação com a educação, não mediram esforços para garantir reabertura e continuidade das negociações, assim como da Câmara de Vereadores”, declara Feliciana Saldanha, coordenadora do Sind-UTE/MG, subsede de Ipatinga.
Para Feliciana Saldanha, o país tem uma dívida histórica com a educação e seus profissionais. “É uma categoria que vem sofrendo, ao longo dos anos, com a desvalorização e desprestígio por parte dos governos e, consequentemente, da sociedade. É mais que hora de resgatar isso e obter o reconhecimento social a que nossa categoria faz jus, pelo trabalho que realiza, formando cidadãos e contribuindo para a construção de uma nação mais justa e mais próspera para as próximas gerações. Por isso que, em todo o Brasil, os trabalhadores em educação estão mobilizados pelo cumprimento da Lei do Piso. Ela é um instrumento de valorização profissional e de melhoria na qualidade da educação pública, além de corrigir distorções salariais entre os educadores do país”, frisa Feliciana Saldanha.
O Sind-UTE/MG avalia positivamente o movimento grevista: “Voltamos às nossas atividades com a consciência do dever cumprido. Infelizmente, não depende somente dos educadores para que a comunidade tenha educação de qualidade. Cada um tem de assumir sua parte e, quando um não cumpre, o resultado não é bom. Agora é manter alerta para que o acordo seja cumprido e não tenhamos que realizar nova greve para isso. De nossa parte, a lição é ‘lutar sempre, sem desistir jamais’”, finaliza Feliciana Saldanha."
(Fonte: http://sinduteipa.ning.com/)"
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