segunda-feira, 5 de outubro de 2009

TRIBUTO À TERNURA: GRACIAS A LA VIDA, QUE ME PERMITIU VIVER MERCEDES SOSA

Duas canções possuem um grande sabor de nostalgia, para as pessoas de minha geração: a primeira, o Bêbado e o Equilibrista, magistralmente interpretado por Elis Regina, e a primeira novamente, Gracias a la Vida, na voz terna de Mercede Sosa. Ontem, dia 4 de outubro, faleceu Mercedes, aos 74 anos de idade, às 5h15min (horário local), em Buenos Aires. Ou melhor, como diria Elis Regina, ficou encantada. Sosa foi uma das maiores interpretes da musica latina.
Após a ascenção da junta militar do general Jorge Videla, que depôs a presidente Isabelita Perón em 1976, a atmosfera na Argentina tornou-se cada vez mais opressiva. Sosa, que era uma conhecida ativista do peronismo de esquerda, foi revistada e presa no palco durante um concerto em La Plata em 1979, assim como seu público. Banida em seu próprio país, ela se refugiou em Paris e depois em Madri. Seu segundo marido morreu um pouco antes do exílio, em 1978.Sosa retornou à Argentina em 1982, vários meses antes do colapso do regime ditatorial como resultado da fracassada guerra das Malvinas, e deu uma série de shows no Teatro Colón em Buenos Aires, onde convidou muitos colegas jovens para dividir o palco com ela. Um álbum duplo com as gravações dessas performances logo se tornou um sucesso de vendas. Nos anos seguintes, Sosa continuou a fazer turnês pela Argentina e pelo exterior, cantando em lugares como o Lincoln Center, o Carnegie Hall e o Teatro Mogador.

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