sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Esta nascendo um novo modo de produção?

Eu intuo que estamos assistindo o nascimento de um novo modo de produção, que não é o capitalismo de estado, nem o socialismo de mercado, nem (tem gente que ainda acredita) o capitalismo neoliberal de nova roupagem. Com reservas ainda, eu chamaria de um modo de produção social, onde o poder (e a propriedade dos meios de produção) se divide em três agentes: o capital do Estado, o capital privado e o capital social (sob controle solidário, via cooperativas, Fundos de Pensão controlados pelos Sindicatos e maior participação popular no controle da econmia). A recente crise tipicamente de destronamento do neoliberalismo mostra claramente isto.Esta noção de um modo de produção social não está em contradição com as teses marxistas. Do ponto de vista doméstico fui buscar no Blog de um jornalista que respeito muito, o Paulo Henrique Amorim, o texto abaixo(muito ilustrativo, diga-se de passagem):

“Ah, quanta gente que me dava lição e estava escondida atrás dos derivativos… quanta gente…” (Presidente Lula)

Em noite de premiação às empresas mais admiradas do Brasil, promovida pela revista Carta Capital, em São Paulo, o presidente Lula fez uma eloquente defesa da importância do papel do Estado na economia e desenvolvimento do País. Lula lembrou que, antes da crise econômica mundial, era senso comum afirmar que o Estado não prestava, que o sistema financeiro era fantástico e nunca errava, e que o Estado só atrapalhava. “Isso morreu”, disse o presidente. A crise veio e as certezas mudaram:

É imprescindível que a iniciativa privada seja competente. Mas é imprescindível que o Estado exista, porque se ele não existir, não existe possibilidade de se fazer a distribuição de renda que o País tanto precisa.

Lula criticou quem defendia o capitalismo no Brasil sem dar a chance para que o povo tivesse acesso ao capital. Agora, com a crise, o Estado está voltando a ser Estado e, com isso, permitindo que haja políticas públicas para incluir milhões de brasileiros na economia nacional, beneficiando a própria iniciativa privada, que terá seus produtos consumidos por uma maior parcela da população. O Brasil, afirmou, tem condições de ser a quarta maior economia do mundo sem inventar. Basta acreditar.

Aos presentes à cerimônia contou a história da carta que recebeu de Eliane, moradora da cidade de Floresta (PE), durante sua visita às obras no rio São Francisco, que ilustra bem a importância do papel do Estado como indutor da economia.
Veja mais neste endereço: http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=20598

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