segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Poemas para Lenir.

Seu nome é Lenir,


De repente tudo cessou.

Nem o silêncio contempla minhas miragens.

Entre o primeiro e o segundo trovão cada

intervalo

é o intervalo que o afasta do infinito.

Mas quando tudo cessa? Em vão pronuncio seu nome.

Alguma flor?

Algum jardim que se delineie na primeira vesperal da rosa?

Não.

Definitivamente a rosa se esquiva no primado de todos os perfumes.

E nenhum intervalo vem para compor mínima

sonata de primavera. Porque afinal a soma de todos os intervalos

em pouco ou nada roça o infinito.

Em bom tom pronuncio seu nome – Lenir.

Um verbo que procura seu infinitivo?

A cura de todas as curas? Lenitivos! Porque minha amada se foi?

Haverá transitoriedade perante o amor mil vezes proclamado?

No entanto de novo pronuncio – Lenir.

Uma síntese? Precária demais para se ocultar na outra face do tempo?

Se posso proclamá-la,

Se posso recitá-la,

Por que então partis te?

Nenhum vazio vem para contemplar-me a face.

No entanto franqueio meu coração

Para toda sua substancialidade.

e o verso do seu anverso.

A na antevéspera do outono

conjugo todos os tempos do teu nome. Assim

como se conjuga a vesperal do anti-tempo.

28/10/2011

seu eternamente, Fred

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