Seu nome é Lenir,
De repente tudo cessou.
Nem o silêncio contempla minhas miragens.
Entre o primeiro e o segundo trovão cada
intervalo
é o intervalo que o afasta do infinito.
Mas quando tudo cessa? Em vão pronuncio seu nome.
Alguma flor?
Algum jardim que se delineie na primeira vesperal da rosa?
Não.
Definitivamente a rosa se esquiva no primado de todos os perfumes.
E nenhum intervalo vem para compor mínima
sonata de primavera. Porque afinal a soma de todos os intervalos
em pouco ou nada roça o infinito.
Em bom tom pronuncio seu nome – Lenir.
Um verbo que procura seu infinitivo?
A cura de todas as curas? Lenitivos! Porque minha amada se foi?
Haverá transitoriedade perante o amor mil vezes proclamado?
No entanto de novo pronuncio – Lenir.
Uma síntese? Precária demais para se ocultar na outra face do tempo?
Se posso proclamá-la,
Se posso recitá-la,
Por que então partis te?
Nenhum vazio vem para contemplar-me a face.
No entanto franqueio meu coração
Para toda sua substancialidade.
e o verso do seu anverso.
A na antevéspera do outono
conjugo todos os tempos do teu nome. Assim
como se conjuga a vesperal do anti-tempo.
28/10/2011
seu eternamente, Fred
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