quarta-feira, 19 de julho de 2017

Olhar crítico sobre O Voo da Coruja


Wanda Drummond (*)

Em “O Voo da Coruja” a busca existencial se une à aventura da linguagem. Hegel explica o fato de a coruja ser o símbolo da Filosofia por alçar voo quando o dia já se foi, como pela capacidade de ver o mundo a partir de vários ângulos, que intui-se por sua visão de 360 graus.
A coruja, enquanto metáfora da narrativa convida o leitor a participar dessa viagem, ou jogo, em que o tempo filosófico transcende a linearidade do tempo narrado, e que escapulindo dessa lógica, obriga o leitor a, distanciando-se do tempo como do espaço do cotidiano, fazer reflexões e/ou estabelecer- se como parceiro /opositor do narrador coruja.
“Gregório já dava sinais de uma ansiedade que crescia. Não, tudo muito estranho. Pô – estou dormindo? Mas tudo é tão vivo”.

(*) Professora universitária aposentada e especialista em Teoria da Literatura. 

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