domingo, 30 de março de 2014

A VIOLÊNCIA DOS Seguranças da casa de shows WOOD'S BAR

"Seguranças da casa de shows WOOD'S BAR, em Belo Horizonte, BATERAM, FERIRAM E HUMILHARAM MINHA FILHA, UMA MOÇA DE 20 ANOS, ESTUDANTE DE DIREITO, na noite de 29 de março de 2014."

A moça em questão não é minha filha, é minha prima. Mas é filha de pessoas muito querida para mim. A humilhação e truculência que ela sofreu dos seguranças do Wood's Bar, em Belo Horizonte, coloca questões graves para nossa reflexão.
A minha prima - moça de 20 anos, estudante de direito - fez Boletim de Ocorrência na delegacia. E ai? O que vai acontecer? Os pais da minha prima tentaram de toda forma um contato telefônico com a direção desta casa de shows, em vão.
E neste cenário resta além de nossa profunda indignação fica também dezenas de pergunta: PORQUE A VIOLÊNCIA EM PARTICULAR CONTRA A MULHER FICA DESTA FORMA IMPUNE? NÓS cidadãos comuns que armas da cidadania temos para assegurar nossa integridade. Claro que vamos recorrer a um advogada e a casa vai ser devidamente processada. Claro que continuaremos cobrando da polícia investigação sobre o ocorrido. Mas a nossa dor, de pais humilhados, de filhos violentados vai para onde? Não cederemos um milímetro do nosso direito, de nossa obrigação de proteger nossos filhos. Esta lição conhecemos muito bem. E ela é tão bem lembrada no poema de Eduardo Alves da Costa:

No caminho com Maiakóvsk

"Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada."

Não iremos admitir este vaticínio. Já aprendemos o suficiente para entender que a justiça nasce do seu exercício. E é o que faremos.

Frederico Ozanam Drummond - professor de filosofia.
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