quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A TV GLOBO ESTÁ PREPARANDO UM GRANDE GOLPE PARA A VÉSPERA DAS ELEIÇÕES. SERÁ?

Pode até ser paranóia, mas a tentativa de um grande golpe organizado pelo TV Globo, na véspera das eleições presidenciais, continua repercutindo formentemente na globosfera. Depois da sucessão de armações patrocinadas por Veja, Folha, Globo e outros chamados por Paulo H Amorin de "PIG", esta hipótese não pode ser desconsiderada. Estive em São Paulo na semana do Sete de Setembro e, qual não foi minha surpresa, quando meu neto e minha nora me perguntaram "porque estão dizendo que Dilma é uma criminosa?". Perguntei a eles onde tinham ouvido isto e eles disseram que "todo mundo a escola estava comentando". Expliquei ao meu neto, que neste caso, eu, seu avô também era um criminoso, porque tinha sido um militante contra o regime militar de 64. Contei para ele que em 1964 um grupo de civís (Magalhães Pinto à frente) apoiado por militares preferiram ignorar a Lei e a Constituição do Brasil e depuseram à força um presidente eleito pelo voto democrático. O nome deste presidente era João Goullar, um fazendeiro do Rio Grande do Sul. Deposto o presidente este regime de força implantou o terror nas escolas, nos teatros, nos jornais, no cinema, no Congresso Nacional, matando aqueles que defendiam a volta da democracia. Naquela época, nós, os defensores da democracia fomos chamados de terroristas. Mas nós sabíamos quem eram os terroristas.Nós sabíamos quem impedia o retorno da democracia. Lutar contra isto foi o nosso crime. Perguntei, então, à minha nora, se ela se lembrava da Resistência Francesa contra a invasão do exercito alemão? Perguntei se ela se lembrava um pouco da história de Tiradentes? Sim, ela se lembrava um pouco. Mas naquele momento tive um sentimeto de vazio. Como nossa história, a história do Brasil estava sendo de forma tão vil deturpada. Foi então que me ocorreu como a ditatura militar de 64 ainda estava entranhada em muitos dos nossos cidadãos. Particulamente em alguns segmentos da classe média paulistana. Sou formado em ciências sociais e filosofia, mas não consegui elaborar uma resposta para mim satisfatória deste forte preconceito. Um dia, nós historiadores, poderemos contar para nossos netos a história real dos "anos de chumbo".


A direita prepara o golpe fatal, o definitivo
Como será a bala de prata na campanha
Deu no blog do Nassif, uma hipótese bastante plausível:
Qual a bala de prata, a reportagem que será apresentada no Jornal Nacional na quinta-feira que antecederá as eleições, visando virar o jogo eleitoral, sem tempo para a verdade ser restabelecida e divulgada?

Ontem, no Sarau, conversei muito com um dos nossos convivas. Para decifrar o enigma, ele seguiu o seguinte roteiro:

1. Há tempos a velha mídia aboliu qualquer escrúpulo, qualquer limite. Então, tem que ser o episódio mais ignóbil possível, aquele campeão, capaz de envergonhar a velha mídia por décadas, mas fazê-la acreditar ser possível virar o jogo. Esse episódio terá que abordar fatos apenas tangenciados até agora, mas que tenham potencial de afetar a opinião pública.

2. Nas pesquisas qualitativas junto ao eleitor médio, tem sobressaído a questão da militância de Dilma Rousseff na guerrilha. Aliás, por coincidência, conversei com a Bibi que me disse, algo escandalizada, que coleguinhas tinham falado que Dilma era "bandida" e "assassina". Aqui em BH, a Sofia, neta do meu primo Oscar, disse que em sua escola - em Curitiba - as coleguinhas repetem a mesma história.

As diversas pesquisas de Ibope e Datafolha devem ter chegado a essa conclusão, de que o grande tema de impacto poderá ser a militância de Dilma na guerrilha. A insistência da Folha com a ficha falsa de Dilma e, agora, com a ficha real, no Supremo Tribunal Militar, é demonstração clara desse seu objetivo.

Assim como a insistência de Serra de atropelar qualquer lógica de marketing, para ficar martelando a suposta falta de limites da campanha de Dilma – em cima de um episódio que não convenceu sequer a Lúcia Hipólito.

Aliás, o ataque perpetrado por Serra contra Lúcia – através do seu blogueiro – é demonstração cabal da importância que ele está dando à versão da falta de limites, mesmo em cima de um episódio que qualquer avaliação comezinha indicaria como esgotado.

A quebra de sigilo é apenas uma peça do jogo, preparando a jogada final.

A partir daí, meu interlocutor passou a imaginar como seria montada a cena.

Provavelmente alguém seria apresentado como ex-companheiro de guerrilha, arrependido, que, em pleno Jornal Nacional, diria que Dilma participou da morte de fulano ou beltrano. Choraria na frente da câmera, como o José Serra chora. Aí a reportagem mostraria fotos da suposta vítima, entrevistaria seus pais e se criaria o impacto.

No dia seguinte, sem horário gratuito não haveria maneiras de explicar a armação em meios de comunicação de massa.

Será um desafio do jornalismo brasileiro saber quem serão os colunistas que endossarão essa ignomínia - se realmente vier a ocorrer -, quem serão aqueles que colocarão seu nome e reputação a serviço desse lixo.

Essa loucura - que, tenho certeza, ocorrerá - será a pá de cal nesse tipo de militância de Serra e de falta de limites da mídia. Marcará a ferro e fogo todos os personagens que se envolverem nessa história.

Incendiará a blogosfera. Todos os jornalistas que participarem desse jogo serão estigmatizados para sempre.

Todas essas possibilidades são meras hipóteses que partem do pressuposto da falta de limites total da velha mídia.

Mas a hipótese fecha plenamente.

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