Wanda Drummond (*)
Em “O Voo da Coruja” a busca
existencial se une à aventura da linguagem. Hegel explica o fato de a coruja
ser o símbolo da Filosofia por alçar voo quando o dia já se foi, como pela
capacidade de ver o mundo a partir de vários ângulos, que intui-se por sua
visão de 360 graus.
A coruja, enquanto metáfora
da narrativa convida o leitor a participar dessa viagem, ou jogo, em que o
tempo filosófico transcende a linearidade do tempo narrado, e que escapulindo
dessa lógica, obriga o leitor a, distanciando-se do tempo como do espaço do
cotidiano, fazer reflexões e/ou estabelecer- se como parceiro /opositor do
narrador coruja.
“Gregório
já dava sinais de uma ansiedade que crescia. Não, tudo muito estranho. Pô –
estou dormindo? Mas tudo é tão vivo”.
(*) Professora universitária aposentada e especialista em Teoria da Literatura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário